Campeão Mundial decide deixar os tatames
- Lívia Andrade
- 13 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

Morador de Pinheiral, Douglas Reis, de 41 anos, o Campeão Mundial de Jiu-Jitsu no ano de 2015, está prestes a deixar os tatames. Em entrevista exclusiva ao jornal Ponto, o lutador há 21 anos, 10 sendo faixa preta, disse que está focando em suas últimas competições, realizadas ainda neste ano. Dentre elas estão os campeonatos estadual e brasileiro e o Rio Open. Porém, para participar do segundo, que acontece em São Paulo, o lutador precisa de patrocínio para ajudar nas despesas, como alimentação e estadia.
"Este será o meu último ano competindo, mas sou professor há 11 anos. Vou continuar treinando, dando aulas, levando meus alunos para competir e investir neles. Principalmente na Sara Cardin, pois ela é uma menina esforçada e que tem muitas chances", revelou o campeão.
No momento, Douglas tem 150 alunos distribuídos em várias cidades. E, durante sua trajetória, já treinou cerca de 300 pessoas. "Espero que meus alunos possam ir muito mais além de onde eu cheguei. Porque muitas vezes eu não tive oportunidade de participar por falta de patrocínio ou pelo meu emprego. O segredo é treinar, por isso eu sempre faço junto com meus alunos. Perder faz parte, mas tem que perder lutando", ressaltou.
Durante o bate-papo com a equipe de reportagem, o lutador contou que em 2014 foi vice-campeão no Campeonato Mundial, onde disputou pela Confederação Brasileira de Jiu-jitsu Olímpico e treinou intensamente para participar no ano seguinte e não persistir no mesmo erro. Já em 2015, depois de muita preparação, lutou quatro vezes e ainda conseguiu finalizar a disputa na categoria Pesadíssimo, sagrando-se Campeão Mundial na competição, que aconteceu no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), no Rio.
O lutador destacou que as melhores vitórias de sua trajetória foi ter sido campeão brasileiro, ter ganhado o mundial e os três títulos em campeonatos estaduais. "Pra mim, o jiu-jitsu foi um desafio. Eu comecei outros tipos de lutas quando tinha apenas 15 anos e logo depois entrei nesse esporte. Com o tempo fui pegando gosto, participando de campeonatos, até que coloquei na minha cabeça que eu queria ser campeão. Eu me inspirava nos meus treinadores. E, mesmo com as dificuldades, eu conseguia, porque sempre tive força de vontade, era esforçado e treinava muito", lembra, ressaltando a necessidade de os atletas levarem a sério o esporte. "As pessoas às vezes confundem e acham que o jiu-jitsu é violento, mas o esporte tem regra. Ele ensina a pessoa a se defender e se controlar. É realmente uma arte suave. Quem treina, conhece", concluiu.

Fotos: Divulgação/Facebook







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