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Padrasto suspeito de estuprar a enteada é preso em Pinheiral


A Polícia Militar e a Polícia Civil esclareceram ontem o estupro de uma jovem de 17 anos, ocorrido na quarta-feira de cinzas, dia 14, caso que resultou na prisão do pedreiro Antonio José Vieira da Costa, de 44 anos, padrasto da vítima.

“A integração entre a Polícia Civil e a Polícia Militar foi fundamental para desvendar o caso e levar o abusador para a cadeia”, declarou o delegado da 101ª. DP (Pinheiral), Antonio Furtado.

A adolescente, que é casada, resolveu dormir na casa da mãe e do padrasto, no bairro Cruzeiro II, em Pinheiral, após os festejos de Carnaval na cidade. O casal havia ingerido bebida alcoólica e foi para um quarto, enquanto a vítima foi dormir em outro.

“No meio da madrugada, a adolescente alegou que acordou nua e viu o padrasto sobre ela, beijando seus seios. Ela gritou e resistiu ao ato, momento em que o padrasto lhe deu socos e apertou com força seu pescoço, provocando um desmaio na moça. Ao recobrar a consciência, ela gritou por socorro e conseguiu fugir. Pediu ajuda aos Policiais Militares e Antonio José e sua companheira foram levados à delegacia”, narrou Furtado.

Na 101ª. DP, o padrasto deu uma versão surpreendente: acordou com os gritos da enteada, foi socorrê-la e viu três homens batendo na adolescente, dois morenos e um branco. Disseram que aquilo era por causa de uma dívida de vinte mil reais em drogas, não paga pelo marido dela. O trio teria agredido também o padrasto antes de fugir.

“Embora o relato do pedreiro parecesse fantasioso, não havia testemunhas, pois a mãe disse nada ter visto. A prova decisiva veio com o exame médico legal dos envolvidos. Determinei um laudo prévio para apurar a origem das lesões e, no caso do padrasto, apurou-se que os cortes no rosto dele eram compatíveis com marcas de unhas femininas, o que desmontou a farsa de ter sido agredido por traficantes”, esclareceu o delegado.

Após ser informado do resultado do exame, Antonio José confessou que mentira por estar nervoso e que a culpa seria do álcool, pois "acreditou que era a sua companheira quem agarrava, não a enteada". Disse ainda estar arrependido.

“Mesmo se fosse a sua companheira, sexo não consentido e à base de agressão se chama estupro. Culpar a bebida não o livra da responsabilidade. Está sujeito a uma pena de até 12 anos de prisão, diante de a vítima ser menor de idade. Quem vem mentir em Delegacia se esquece de um detalhe: a Polícia existe para descobrir a verdade”, concluiu o delegado Antonio Furtado.

O preso será transferido agora de manhã para o Presídio do Roma, onde comparecerá a uma audiência judicial de custódia.


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