Sob o comando de Marcelo Salles, ex-pupilo de Joel Santana,Voltaço começa neste domingo a sua busca
- Bruno Reis
- 15 de abr. de 2018
- 6 min de leitura

O dia dá tão esperada estréia na Série C de 2018 do Brasileirão chegou e o Volta Redonda entrará em campo logo mais, ás 15h30 para enfrentar o Operário-PR, no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa.
Bem ali, a beira do campo, o tricolor de aço estará sob o comando do treinador Marcelo Salles, 40 anos, que faz parte da nova geração de treinadores brasileiros e que possui todas as características do perfil destes profissionais.
Apesar de jovem, Marcelo é pupilo de um dos mais famosos e vencedores treinadores do país, Joel Santana, um profissional com quem ele trabalhou por muitos anos como auxiliar em grandes clubes, em que teve a oportunidade de aprender muito sobre as melhores formas de como comandar e tornar vencedor um time de futebol.
Além do trabalho como auxiliar de Joel Santana, Marcelo já teve a oportunidade de comandar algumas equipes pelo país e pretende com está bagagem, somada aos quase dois meses que está à frente do comando do Voltaço, agregar valores e conduzir o time a glória maior que é o acesso a Série B, que bateu na trave em 2017.
Nesta semana após mais uma exaustiva sessão de treinamentos no CT Oscar Cardoso, ele conversou com a reportagem do Ponto, falou sobre diversos assuntos e contou sobre como tem sido este período a frente do tricolor de aço e também como está o clima e a preparação do clube para a disputa da Série C.
Avaliação do time ao chegar
Marcelo que chegou ao Volta Redonda em um momento conturbado durante o Campeonato Carioca, contou sobre como foi a sua avaliação do time ao chegar e também sobre o que ele e sua comissão técnica vêm fazendo para melhor preparar o time para a disputa da Série C.
- Quando eu cheguei aqui nós detectamos que havia como trabalhar, mas algumas coisas não daria tempo. Então trabalhamos o que foi necessário para aquele momento. Após o Carioca nós tivemos um espaço de mais ou menos 10, 12 dias e assim usamos as ultimas semanas para a nossa preparação e trabalhamos aspectos físicos, técnicos e demos ênfase às partes táticas, com isso, temos visto uma melhora na parte individual e coletiva, contou o treinador.
Chegada de reforços pontuais
Ele falou sobre os reforços pontuais que a equipe tem recebido e afirmou que tem a percepção de que os seus jogadores estão evoluindo e assimilado a forma como ele (treinador) quer que a equipe se poste e jogue durante as partidas.
- Temos recebido alguns jogadores para compor o nosso grupo e eles estão se adequando tecnicamente e fisicamente ao que pensamos. Vejo o Volta Redonda em evolução, nós temos alguns aspectos a crescer e acredito que em um curto período de tempo, vamos alcançar o nosso objetivo, que é ter um padrão técnico e físico bem definido, falou Marcelo.
O grupo não está fechado
Apesar de afirmar que o grupo está em evolução, Marcelo foi muito claro e disse que não considera que o elenco do Volta Redonda está fechado.
-Toda equipe, em qualquer lugar do mundo sempre busca se reforçar e procura crescer cada vez mais. Nós buscamos alguns reforços pontuais para este momento, vamos ver o andamento da competição e analisar para ver algum tipo de necessidade mais especifica. Estamos atentos ao mercado e qualquer oportunidade (reforço) que possa ajudar e colaborar com a nossa equipe estaremos dispostos a trazer para o nosso time, disse o treinador.

A sua adaptação ao clube
Como chegou ao clube tendo que fazer o time entrar nas suas engrenagens de maneira rápida, o treinador foi obrigado a se adaptar na mesma velocidade e se mostrou muito grato a todos no Voltaço, inclusive aos torcedores, por facilitarem este processo de adaptação.
- A minha adaptação foi muito boa, pelo grupo e pelas as pessoas que temos aqui no Volta Redonda. Todos me tratam muito bem e procuram me ajudar da melhor maneira possível e então a minha adaptação foi rápida. Percebo que crescemos nesta parte de amizade e entrosamento uns com os outros e quanto aos torcedores, eu procuro dentro do possível, estar em contato com eles, saber quais são os sentimentos deles, até para que nós possamos transmitir isso para os nossos jogadores, falou Marcello Salles.
Pedido especial aos torcedores
Como um profissional moderno que é, Marcelo é ciente sobre a importância da força que vem das arquibancadas e pediu aos torcedores que apoiem o clube nesta Série C, até mesmo para que os adversários sintam como é complicado jogar no Raulino de Oliveira, que é a casa do Volta Redonda.
- Os torcedores têm que cada vez mais, nos apoiar e incentivar, pois com o apoio deles tudo ficará mais fácil. Sabemos que com eles ao nosso lado, nos apoiando e incentivando, teremos uma força a mais, principalmente quando jogarmos dentro da nossa casa. Isto que vai fazer com que os nossos adversários sintam esta diferença quando vierem jogar aqui no Raulino de Oliveira, pediu Salles.
Acesso que bateu na trave em 2017
Atendo ao presente e sonhando com uma conquista em um futuro próximo, o treinador comentou que a experiência negativa que alguns jogadores que fazem parte do grupo possuem de não terem conseguido levar o clube ao acesso em 2017, serve para que eles saibam exatamente o que devem fazer para juntamente com os mais jovens e os jogadores que chegaram recentemente alcançarem o êxito na competição este ano.
- O que aconteceu aqui ano no passado serve de experiência. Serve para no futuro você trabalhar e ter como referência. Sabemos que aconteceu isso ano passado e esperamos que neste ano possamos fazer diferente e para que consigamos alcançar os nossos objetivos. Este passado destes atletas para nós é importante, para que eles transmitam aos atletas que chegaram recentemente e aos mais jovens a experiência que eles tiveram para que não cometamos os mesmos erros do ano passado, comentou Salles.
O adversário da estréia
Estudioso, Salles disse que já tem muitas informações sobre o Operário-PR, e que durante os dias que teve treinamentos, trabalhou com os seus atletas, formas para neutralizar as principais jogadas do adversário de logo mais.
- Estamos estudando o Operário há praticamente 20 dias e passamos a acompanhar o elenco, os jogos e contratações deles. Sabemos que eles possuem um treinador que já está a três anos na equipe e a quatro anos no clube, que possuem jogadores importantes como o Schumacher (atacante), Chicão (volante), Sosa (zagueiro), que possuem anos de casa e muita experiência e por isso estamos trabalhando para neutralizar este tipo de jogadas que eles possam vir a fazer contra nós, disse o treinador.
Trabalho com o Joel e características que adotou
Durante a entrevista ele falou sobre as características que absorveu e adotou a sua forma de trabalhar que foram adquirida ao longo dos anos em que trabalho com Joel Santana, a quem se referiu o tempo todo demonstrando muito carinho.
- É inevitável eu não ter absorvido algo da forma de trabalho com o Joel pela experiência e capacidade que ele tem como treinador. Então, eu sendo um jovem treinador sei que tenho uma longa estrada para percorrer e ele com toda a sua experiência e sabedoria, eu seria pouco inteligente se não procurasse buscar cada vez mais coisas passadas por ele. O Joel é um treinador extremamente tático, que sabe o que vai acontecer no jogo e quase que antevê o jogo, então já sabe tudo o que vai acontecer na partida e por isso dificilmente é pego de surpresa, falou Salles.
Como é a sua forma de trabalhar
Por fim, ele fez uma analise sobre sua forma de trabalhar e revelou que também é adepto de um famoso instrumento de trabalho que o Natalino usa.
- Eu procuro estudar e ter muitas informações sobre os meus adversários, passar isso para os jogadores e fazer com que a minha equipe seja pouco surpreendida. Sei que eventualmente ganhar ou perder são circunstâncias de um jogo, mas temos que ser pouco surpreendidos. Se vamos fazer ou tomar um gol, temos que saber o porquê e como fizemos ou como tomamos. Ah! A prancheta também anda junto, ela é fundamental estar perto do treinador, finalizou Marcelo Salles.
Imagens: Arthur Gomes / VRFC
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