Bruno Marini analisa pesquisa da CNI sobre saneamento e comenta como fator impacta sobre o desenvolv
- Jornal Ponto
- 28 de jun. de 2018
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A Confederação Nacional das Indústrias divulgou no início desta semana o resultado de um estudo intitulado Saneamento Básico: uma agenda regulatória e institucional. Dados do documento revelamque para universalizar os serviços até 2033, conforme estabelece o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), é necessário ampliar em 62% o volume de investimentos para um patamar de R$ 21,6 bilhões anuais. Ainda de acordo com a pesquisa, o investimento insuficiente é o maior vilão para a ampliação da cobertura por redes de esgoto no Brasil. Nos últimos oito anos, a média de recursos aportados no setor foi de R$ 13,6 bilhões.
Analisando a pesquisa sob a perspectiva do Estado do Rio de Janeiro, o empresário e pré-candidato a deputado estadual Bruno Marini (PSD) acredita que a implantação efetiva de políticas públicas em saneamento básico é primordial para minorar o impacto que a falta de tratamento de esgoto traz a saúde da população fluminense.
- Na infraestrutura do Estado, um dos setores que apresenta maior déficit de atendimento e representa um dos grandes desafios de expansão é o de saneamento. A morosidade na ampliação das redes, associada a baixa qualidade na prestação dos serviços têm trazido fortes implicações para a saúde da população, o meio ambiente e o setor produtivo. A redução dos custos com saúde no Brasil, gerada pela universalização dos serviços de água e esgoto, chegaria a R$ 1,45 bilhão ao ano, segundo dados do TRATA BRASIL, 2017). Isto sem considerar todos os inestimáveis ganhos associados à redução da mortalidade infantil. Mas, infelizmente, os indicadores ainda são desastrosos - lamentou Bruno Marini.
Na visão do empresário, a parceria público-privado pode se tornar uma solução para o problema, conforme aponta o estudo da CNI. “Não adianta colocar a responsabilidade do saneamento básico apenas no governo. Ela precisa ser dividida com toda a sociedade, empresas e indústrias. Haja vista que a pesquisa revela que em regiões onde o serviço é realizado através do sistema público-privado, a cada R$ 1 investido, o retorno é da ordem de R$ 2,50 ao setor produtivo. A ampliação das redes resulta em melhorias na saúde da população. É preciso fazer esta matemática de que saneamento é economia em tratamento de saúde e está diretamente relacionado ao Desenvolvimento Econômico do Estado”, citou o pré-candidato.
Saneamento precisa ser prioridade do governo
Ainda segundo o relatório apresentado pela CNI, se os investimentos em saneamento básico continuarem sendo executados a passos lentos, a universalização dos serviços no Brasil será atingida apenas após 2050, com cerca de 20 anos de atraso. “É preciso entender que o tratamento de esgoto é primordial e deve ser elencado como prioridade. Governança e planejamento precisam estar diretamente associados para resolver, ou pelo menos, minimizar este problema. Um dos cartões postais do Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara amarga há mais de 20 anos a promessa de ter as suas águas despoluídas. A Companhia Estadual de Água e Esgoto está longe de conseguir resolver os problemas de lixo e esgoto in natura despejado na Baía. No início da década de 1990, o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara pretendia limpar as águas com a construção de estações de tratamento de esgoto. O projeto, no entanto, não surtiu resultados. Daquela época até os dias de hoje, sete governadores já forem eleitos. O mesmo ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio, onde dos 71 deputados, poucos trabalham pelo saneamento básico”, desabafou Bruno.
No Sul Fluminense, o cenário se repete. “Cidades como Angra dos Reis e Paraty, que têm na atividade turística seu maior fator de desenvolvimento ainda despejam o esgoto sem tratamento nos mares. Em Barra Mansa, o esgoto também não é tratado e despejado nas águas do Rio Paraíba do Sul, o mesmo rio que abastece as residências e o comércio de toda a nossa região e também de grande parte do Rio de Janeiro, através da transposição do Rio Guandu, em Piraí. Situação semelhante ocorre em Barra do Piraí e Pinheiral. Esses municípios tratam menos de 10% de seu esgoto. Esta realidade precisa ser transformada,Espero que os próximos deputados estaduais, que serão eleitos em outubro, possam a partir de 2019, defender essa pauta, já que a atual legislatura, pouco ou quase nada fez neste sentido", concluiu Bruno Marini.
Foto: Divulgação
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