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Balanço das eleições


Neste domingo (07), milhões de brasileiros foram as urnas decidir os rumos do país, nas eleições para deputados federais, estaduais, senadores, governadores e presidente da república.

O jornal Ponto, trás uma análise da votação, fazendo uma avaliação, tanto a nível nacional, quanto regional e os desdobramentos desse pleito para o futuro.

Vai ter segundo turno

Como já vinham apontando as pesquisas, teremos segundo turno, tanto para presidente da República, quanto para governador do Estado. Com mais de 47 milhões de votos (46,7% dos votos válidos), Jair Bolsonaro (PSL) disputará o segundo turno das eleições presidenciais contra Ferdando Haddad (PT), que obteve mais de 31 milhões de votos (29,3% dos votos válidos).

A eleição ganha ares ácidos de polaridade onde, de um lado, Bolsonaro apresenta um discurso mais aliado com a direita conservadora, com propostas mais liberais quanto ao mercado e as leis trabalhistas, além da rediscussão da demarcação de áreas indígenas e quilombolas. Em seu discurso, o candidato também enfatiza bastante a questão da família tradicional, conflitando diretamente com setores LGBTQ. No entanto, Bolsonaro, já em seu primeiro pronunciamento como candidato classificado ao segundo turno, mostrou que deve abrandar seu discurso, embora se mantenha firme no propósito de atacar o PT.

Do outro lado temos Haddad, com uma campanha toda formatada em torno do que seria o candidato a presidente, Luís Inácio Lula da Silva, mas que não pode disputar o pleito por conta da Lei da Ficha Limpa. Embora o plano de governo aponte para uma inclinação mais acentuada para programas da esquerda, Haddad já fez alguns acenos ao mercado financeiro, ainda no primeiro turno e agora, na busca por aliados no segundo turno, esse discurso deve abrandar ainda mais. Em sua fala após a confirmação dos resultados de ontem, ele afirmou que buscará o campo democrático para unificar o país, deixando claro que deve deixar de fora o que ele e boa tarde do campo progressista consideram como fascistas, os grupos aliados a Bolsonaro.

Nos resta agora saber como ambos os candidatos se comportarão nos debates e entrevistas que virão, onde suas figuras estarão muito mais expostas e vulneráveis. Nas redes sociais já se percebe o clima de Fla x Flu, com trocas de acusações e ofensas de ambos os lados das militâncias, o que já era de se esperar.

Segundo turno no Estado

Teremos também segundo turno na disputa pelo governo do Estado do Rio. De um lado, surpreendentemente, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), obteve mais de 3 milhões de votos (41,28%) e vai disputar o segundo turno contra Eduardo Paes (DEM), com cerca de 1,5 milhão de votos (19,56%). As pesquisas vinham apontando Paes como mais bem colocado, mas com Witzel subindo e, na última pesquisa realizada, ele já empatava com Romário (Podemos), que acabou ficando em quarto na disputa, atrás ainda de Tarcísio Motta (PSOL).

Witzel pegou carona na onda Bolsonaro e disparou na reta final e agora dificulta a vida de Paes que enfrentará o segundo turno contra um candidato embalado, que terá o mesmo tempo de exposição no rádio e na TV, além de ter que lidar com as acusações de ser ligado ao grupo de Sérgio Cabral, ex-governador preso por corrupção.

Câmara dos Deputados

Apesar de reduzir o número de cadeiras, o PT segue com a maior bancada do legislativo federal, com 56 parlamentares. O PSDB foi o partido que mais caiu: de 49 para 29 parlamentares. O MDB também caiu bastante: de 51 para 34. O partido que mais cresceu foi o PSL de Bolsonaro: pulou de 8 para 52 deputados e agora tem a segunda maior bancada.

Panorama da região

O Sul Fluminense elegeu três deputados federais e três estaduais. Para deputado federal, o delegado Antônio Furtado (PSL) foi o décimo candidato mais bem votado do Estado com mais de 104 mil votos. Luis Antônio (DC), pai do deputado estadual reeleito André Corrêa, foi eleito com mais de 50 mil votos. Alexandre Serfiotis (PSD), foi reeleito com mais de 37 mil votos.

Para deputado estadual, André Correa (DEM), foi reeleito com quase 67 mil votos. Gustavo Tutuca (MDB), alcançou a marca de quase 50 mil votos e Marcelo Cabelereiro (DC) teve pouco mais de 18 mil votos.

As derrotas de Deley e Munir Neto (PTB), enfraquecem o capital eleitoral do ex-prefeito Antônio Francisco Neto, que esperava emplacar seu irmão na Alerj, com vistas ao Palácio 17 de julho daqui a 2 anos.

Apesar de não ter sido eleito, Paulo Baltazar (PDT) teve a maior votação em Volta Redonda entre os candidatos a deputado estadual e deve costurar alianças com vistas a disputa pela prefeitura da cidade. No entanto, Antônio Furtado já desponta como a grande liderança regional neste momento, dada a expressiva votação alcançada.

Outros nomes que merecem destaque nessas eleições, ainda que não tenham vencido, mas obtiveram boa votação, foram os candidatos a deputado estadual: o vereador de Volta RedondaJari (19.974 votos), a ex-secretária de saúde de Volta Redonda, Márcia Cury (17.785), o vereador de Volta Redonda Sidney (Dinho) (12.726), o líder do movimento Vem Pra Rua em Volta Redonda, Hermiton Moura (12.723) e o empresário barra-mansense Bruno Marini (11.716).

Panorama presidencial na região

Acompanhando a tendência de todo o Estado do Rio de Janeiro, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi o mais bem votado em todas as cidades da região. Com destaque para Resende, onde ele atingiu a marca de 64,74%, num total de 43.226 votos. Em Barra Mansa, o ex-capitão do Exército atingiu a marca de 57,71% dos votos válidos (55.972).

Já Fernando Haddad (PT), teve sua melhor performance em Pinheiral onde atingiu a marca de 27,83% dos votos (3.525). Em Barra Mansa o petista chegou a 19,11% com 18.532 votos e em Volta Redonda teve 18,22% (29.565 votos). A melhor marca de Ciro Gomes (PDT) foi alcançada em Volta Redonda, onde o candidato obteve 14,7% dos votos válidos (23.860).


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